Ministério da Justiça remaneja detentos do sistema penitenciário federal, incluindo Fernandinho Beira-Mar, em medida de segurança.

A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, realizou o remanejamento de 23 detentos pertencentes ao sistema penitenciário federal, incluindo um dos líderes do Comando Vermelho, Fernandinho Beira-Mar. Essa ação foi uma medida de segurança tomada pela Senappen, que coordena cinco presídios de segurança máxima localizados em Brasília, Campo Grande (MS), Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).

De acordo com informações do Ministério da Justiça, a transferência desses presos é uma prática realizada periodicamente com o intuito de evitar a articulação de organizações criminosas dentro das penitenciárias federais, enfraquecendo assim possíveis vínculos nas regiões onde essas unidades estão localizadas.

O processo de remanejamento dos detentos aconteceu entre os dias 1º e 3 de outubro, com a divulgação pública feita nesta segunda-feira (4). Por questões de segurança, não foram fornecidos detalhes sobre os demais presos transferidos e para quais unidades específicas eles foram levados.

Fernandinho Beira-Mar, um dos detentos realocados, cumpria pena no presídio federal de Mossoró (RN). Vale ressaltar que nesse mesmo local, dois detentos conseguiram fugir em fevereiro deste ano, sendo a primeira fuga registrada no sistema penitenciário federal desde sua criação, em 2006.

As investigações preliminares apontaram que os fugitivos utilizaram ferramentas encontradas dentro da penitenciária em meio a uma reforma que estava sendo realizada. Falhas nos equipamentos de segurança, como no sistema de monitoramento, também foram identificadas, o que levou à instauração de um processo administrativo e de um inquérito pela Polícia Federal para apurar as responsabilidades e circunstâncias relacionadas à fuga.

Nesse contexto, o Ministério da Justiça reforça a importância dessas ações de remanejamento de presos como forma de garantir a ordem e a segurança nos presídios federais, evitando possíveis articulações que representem riscos à sociedade.

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