O apoio financeiro será destinado a meninas e mulheres que estejam matriculadas no 8º e 9º ano do ensino fundamental, no ensino médio em escolas públicas e na graduação em áreas relacionadas às ciências exatas, engenharias e computação. A cientista Hildete Pereira de Melo ressalta a importância dessa medida, destacando que as mulheres sempre estiveram presentes de forma discreta nos bastidores da ciência.
A história da ciência é repleta de exemplos de mulheres pioneiras que marcaram o cenário internacional, como Marie Curie e Bertha Lutz. No contexto brasileiro, a cientista Johanna Döbereiner é destacada por suas contribuições nas descobertas que permitiram o cerrado brasileiro produzir soja e açúcar, evidenciando o potencial das mulheres na ciência.
Apesar de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) indicarem que a maioria dos bolsistas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no país são mulheres, ainda há uma disparidade na representatividade feminina em cargos de liderança. Segundo Hildete, as mulheres continuam sendo minoria nesses espaços.
A cientista Lygia da Veiga Pereira enfatiza que ainda existe uma barreira cultural que limita a participação das mulheres na ciência, especialmente quando se trata da conciliação entre maternidade e carreira científica. Ela compartilha suas experiências de enfrentar os desafios de equilibrar a vida profissional e pessoal, ressaltando a importância de não penalizar as mulheres em suas aspirações profissionais.
Diante desse cenário, a iniciativa do CNPq em incentivar a formação de meninas e mulheres nas áreas de ciências exatas, engenharias e computação se mostra fundamental para ampliar a representatividade feminina na ciência brasileira e estimular a diversidade e a igualdade de gênero nesses campos. A valorização e o apoio às mulheres na ciência são passos essenciais rumo a uma sociedade mais justa e equitativa.