Enquanto isso, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acusa a Polícia Militar de Minas Gerais de realizar um cerco ao acampamento, restringindo a entrada de pessoas e mantimentos essenciais. O MST reivindica a entrada de suprimentos como lonas para proteção do sol e da chuva, além de gás para o preparo da alimentação, para garantir o bem-estar das famílias acampadas.
Por outro lado, o governo de Minas Gerais não se pronunciou sobre a ação da PM no local, enquanto o governador Romeu Zema ainda não se manifestou publicamente sobre a situação. A Defensoria Pública de Minas enviou um ofício à PM pedindo o cancelamento da operação no local e pedindo justificativas para a permanência da polícia. A defensora pública Ana Cláudia da Silva Alexandre Storch ressaltou a importância de garantir o direito de ir e vir das pessoas acampadas na fazenda.
O juiz responsável pelo caso justificou a decisão de negar a reintegração de posse devido à falta de comprovação da posse do terreno antes da ocupação pelos trabalhadores rurais. O MST alega que a propriedade é improdutiva e negligenciada há anos, defendendo a desapropriação do imóvel para a reforma agrária, em conformidade com o Artigo 184 da Constituição Federal.
Em meio a essas alegações e disputas, fica evidente a necessidade de um diálogo contínuo e respeitoso entre as partes envolvidas, visando encontrar uma solução justa e sustentável para a situação. É importante que os direitos e a dignidade das famílias acampadas sejam preservados, assim como a ordem democrática e o respeito às leis vigentes.