Justiça Eleitoral anula votos do PROS em Belo Horizonte por fraude na cota de gênero durante eleições de 2020

Na última terça-feira (12), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou uma decisão histórica ao anular os votos recebidos pelo antigo partido PROS na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte durante as eleições de 2020. Em uma votação unânime, os ministros concluíram que a legenda cometeu fraude ao utilizar candidaturas femininas fictícias para tentar cumprir a cota de 30% de candidaturas de mulheres.

Com essa determinação, a Justiça Eleitoral terá a responsabilidade de recalcular os votos destinados ao PROS nas eleições municipais do ano passado e redistribuir as cadeiras conquistadas pelo partido. Vale ressaltar que o PROS se fundiu posteriormente com o Solidariedade, tornando essa decisão ainda mais relevante.

A anulação dos votos do PROS impactará diretamente os vereadores Wesley Moreira e César Gordin, que foram eleitos pela legenda. Apesar disso, a cassação dos parlamentares só será oficializada após o pronunciamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais.

O voto que foi decisivo para a anulação dos votos foi do ministro relator Floriano de Azevedo Marques, que defendeu a cassação dos vereadores. Segundo ele, as candidatas não se envolveram efetivamente em suas campanhas e ainda promoveram candidaturas masculinas nas redes sociais, evidenciando a fraude.

Os demais ministros do TSE – André Ramos Tavares, Raul Araújo, Maria Isabel Galotti, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente Alexandre de Moraes – acompanharam o voto do relator, reforçando a decisão de anular os votos do PROS.

Essa histórica decisão do TSE reforça a importância da transparência e lisura nos processos eleitorais, garantindo a legitimidade das eleições e a representatividade adequada no poder legislativo.

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