Vendas no comércio têm crescimento de 2,5% em janeiro, melhor resultado desde setembro de 2023, impulsionadas pelo efeito Black Friday

No mês de janeiro, o comércio brasileiro apresentou um crescimento de 2,5% nas vendas em comparação com o mês de dezembro. Esse aumento significativo foi o primeiro desde setembro de 2023, quando a evolução foi de 0,8%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Mensal de Comércio, realizada neste mês de fevereiro.

Esse crescimento também representa a melhor evolução entre meses consecutivos desde janeiro de 2023, que também registrou um aumento de 2,5% nas vendas. Esses números ajudaram a compensar a queda de 1,4% que foi observada no mês de dezembro de 2023. Comparando com o mesmo período do ano passado, as vendas de janeiro deste ano apresentaram um aumento de 4,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado é positivo em 1,8%.

O Brasil se encontra atualmente com o varejo 5,7% acima do patamar pré-pandemia, que ocorreu em fevereiro de 2020. No entanto, ainda está 0,8% abaixo do nível recorde atingido em outubro de 2020. O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, explicou que esse crescimento no comércio varejista em janeiro é resultado de um comportamento observado em anos anteriores, com quedas nas vendas no final do ano e uma recuperação em janeiro.

Entre as atividades pesquisadas, cinco apresentaram crescimento em janeiro, com destaque para os setores de tecidos, vestuário e calçados (8,5%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (6,1%). O pesquisador do IBGE destacou que a evolução significativa em janeiro também reflete o efeito estatístico da Black Friday, que antecipou vendas de novembro para dezembro.

Apesar do cenário positivo, três atividades ainda registraram queda em janeiro: livros, jornais, revistas e papelaria (3,6%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,1%); e combustíveis e lubrificantes (0,2%). No entanto, no geral, as vendas de varejo tiveram um aumento em 24 das 27 unidades da federação, com destaque para os supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que apresentaram crescimento pelo terceiro mês consecutivo.

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