Segundo as informações obtidas pela PF e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todos os que se recusaram a falar faziam parte de núcleos de pessoas envolvidas no esquema golpista, sendo a maioria militares. Entre os que se mantiveram em silêncio estão Jair Bolsonaro, ex-presidente, e Braga Netto, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa derrotada nas eleições de 2022.
Dentre os depoentes que preferiram não se manifestar estão militares de alta patente, como o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, e o ex-ministro da Defesa e general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Este último foi mencionado em conversas com o hacker Walter Delgatti, mas optou por manter silêncio diante das autoridades.
Além dos militares, também foram convocados civis para depor, como o advogado Amauri Feres Saad e o padre José Eduardo de Oliveira e Silva. Ambos se recusaram a falar no interrogatório, invocando a Constituição Federal como justificativa.
Os depoimentos e a recusa de falar por parte dos investigados revelaram a existência de um pacto de silêncio entre os envolvidos no esquema golpista, evidenciando a complexidade e gravidade das acusações. Estas informações são fundamentais para o andamento das investigações e para a garantia do devido processo legal no combate a atos que ameacem a democracia e a estabilidade institucional do país.