Os advogados de Israel negam as acusações de que o país deliberadamente causa sofrimento humanitário no enclave, onde milhares de pessoas perderam a vida e a fome se intensifica. Eles afirmam que os sucessivos pedidos da África do Sul por medidas adicionais caracterizam um abuso de procedimentos. A defesa sustenta que as acusações da África do Sul são infundadas, moralmente repugnantes e representam um abuso da Convenção sobre Genocídio e da própria corte.
O embate entre as partes é parte do processo apresentado pela África do Sul, acusando Israel de genocídio em Gaza após os ataques do Hamas em outubro. Em janeiro, a CIJ ordenou que Israel se abstivesse de atos que pudessem configurar genocídio e garantisse que suas tropas não cometessem tais atos contra os palestinos em Gaza.
Israel nega ter civis como alvos, alegando que seu objetivo é aniquilar o Hamas. No entanto, agências de assistência apontam severas restrições na ajuda aos habitantes de Gaza. As medidas de emergência da CIJ funcionam como injunções temporárias para evitar a deterioração da situação enquanto o caso é analisado, um processo que pode levar anos.
A intensificação das tensões entre Israel e a África do Sul reflete a complexidade e sensibilidade do conflito no Oriente Médio. As disputas legais mostram a busca por responsabilização e justiça em uma região marcada por conflitos históricos e questões humanitárias urgentes. A situação em Gaza continua a ser uma preocupação global, com diferentes países e organizações buscando maneiras de garantir a segurança e bem-estar da população local.