Ministro da Justiça demite policial penal acusado de matar guarda municipal em Foz do Iguaçu por motivação política

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, tomou uma decisão drástica nesta terça-feira (19) ao demitir o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho. Guaranho foi acusado do assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, ocorrido em julho de 2022 em Foz do Iguaçu (PR). A demissão foi resultado de um Processo Administrativo Disciplinar instaurado para investigar a conduta do agente da penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.

Segundo a nota oficial divulgada pelo ministério, Guaranho foi demitido por utilizar recursos da repartição em atividades particulares, praticar atos de improbidade administrativa e por incontinência pública. O ministro Lewandowski argumentou que a conduta violenta e ofensiva à vida do policial era incompatível com a moralidade administrativa e desrespeitava gravemente os valores institucionais da atividade policial. Além disso, Guaranho utilizou sua arma profissional para cometer o crime, o que agrava ainda mais a situação.

O caso do assassinato de Marcelo Arruda chocou a população, pois o ocorrido teve motivação política. Guaranho, que não foi convidado para a festa de aniversário do petista, invadiu o local armado alegando apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Ele disparou contra Arruda, que acabou revidando e atirando também em Guaranho antes de falecer.

Atualmente, o policial penal está preso e foi denunciado por homicídio qualificado. O Ministério Público do Paraná considerou o crime como duplamente qualificado e o julgamento no Tribunal do Júri está marcado para o dia 4 de abril. A violência e irresponsabilidade demonstradas por Guaranho nesse trágico evento levaram o ministro da Justiça a agir com rigor, visando preservar a integridade e ética no ambiente da segurança pública.

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