A decisão de Moraes de levantar o sigilo sobre o relatório da PF expõe os detalhes de uma investigação que aponta um esquema de fraude articulado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, que teria beneficiado pelo menos nove pessoas, incluindo familiares de Bolsonaro e o deputado Gutemberg Reis de Oliveira. O objetivo do esquema era facilitar a entrada e a saída do ex-presidente dos Estados Unidos, contornando as exigências de vacinação contra a Covid-19 tanto dos EUA quanto do Brasil.
Após a divulgação do indiciamento, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, se manifestou nas redes sociais, criticando os vazamentos e a forma como a informação foi divulgada. Ele enfatizou que é lamentável quando autoridades utilizam a imprensa para comunicar atos formais que deveriam ser tratados de forma técnica e procedimental, e não de maneira midiática e parcial.
Agora, cabe à PGR, comandada por Gonet, avaliar os documentos e decidir se irá ou não apresentar denúncia contra Bolsonaro e os demais envolvidos ao Supremo Tribunal Federal. Este é mais um capítulo em meio às controvérsias que envolvem o ex-presidente e sua família, reforçando a polarização política que marca o cenário brasileiro atual.