Através do Fundo Socioambiental (FSA) do BNDES, os projetos apoiados serão aqueles listados no Programa Periferia Viva do Ministério das Cidades. Os recursos não reembolsáveis serão distribuídos em duas iniciativas principais: Polos BNDES de Desenvolvimento e Cultura e Trabalho e Renda da Periferia, com a expectativa de que os investimentos totais ultrapassem os R$ 100 milhões com a participação de captações privadas e públicas.
Segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, o objetivo é atuar na redução das desigualdades estruturando polos culturais e iniciativas para geração de emprego e renda. Os polos de desenvolvimento cultural serão espaços adaptados para a oferta de serviços à comunidade, como cursos, práticas esportivas e culturais, definidos de forma coletiva pelas comunidades com base em suas potencialidades e vocações.
No âmbito do Trabalho e Renda da Periferia, o foco será na capacitação, mentoria e aporte de recursos para negócios liderados por mulheres, jovens e negros, visando melhorar os resultados dos empreendimentos, ampliar mercados e facilitar o acesso a financiamentos. A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou que o projeto teve início em 2023 a partir de conversas com as comunidades.
A chamada pública para apresentação de projetos estará aberta até 31 de maio e entidades privadas sem fins lucrativos com experiência na implantação de projetos similares nos territórios contemplados podem se inscrever pelo site do banco. O secretário de Periferias do Ministério das Cidades, Guilherme Simões, ressaltou a importância da parceria com o BNDES para priorizar os territórios a serem atendidos.
Além disso, Tereza Campello informou que o segundo ciclo do projeto está em construção, envolvendo ações de conectividade, finanças híbridas, fortalecimento de cooperativas e microcrédito produtivo orientado. O BNDES Periferias foi apresentado a mais de 50 entidades representativas dos movimentos sociais e conta com o apoio de organizações como a Central Única de Favelas, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e Instituto Gerando Falcões.
