Enel é condenada a indenizar clientes por longos períodos sem energia após apagão em São Paulo: R$5 mil por danos morais.

A Enel, empresa responsável pela distribuição de energia na região metropolitana de São Paulo, foi condenada pela Justiça a indenizar clientes que ficaram longos períodos sem energia após um apagão causado pelas fortes chuvas em 3 de novembro de 2023. Em três casos diferentes, a Enel alegou que a interrupção foi provocada pelas condições climáticas, porém os juízes decidiram que a demora em restabelecer o serviço gerou danos morais aos consumidores, determinando o pagamento de indenizações que variam de R$ 5 mil a R$ 10 mil.

Na primeira decisão, a juíza Patricia de Assis Ferreira Braguini, do Juizado Especial Cível e Criminal do Foro de Itapecerica da Serra, condenou a Enel a pagar R$ 10 mil por danos morais a uma família que ficou sete dias sem energia, afetando também o fornecimento de água. A magistrada ressaltou que a empresa deveria ter solucionado o problema de forma mais ágil, considerando que eventos climáticos são previsíveis e evitáveis.

Em outro caso, uma mulher passou mais de 120 horas sem energia, resultando em uma indenização de R$ 5 mil por danos morais determinada pela juíza Leila Andrade Curto, do Juizado Especial Cível do Foro de Vargem Grande Paulista. Já o juiz Gustavo Sauaia Romero Fernandes, do Juizado Especial Cível e Criminal do Foro de Embu das Artes, determinou o pagamento de R$ 5 mil de danos morais e R$ 350 por danos materiais à cliente prejudicada.

O advogado Daniel Garroux, especializado em direito do consumidor, representou os clientes nas ações judiciais e destacou a importância das indenizações para pressionar a empresa a mudar seu comportamento. Ele ressaltou que a Enel descumpriu o prazo estabelecido pela Aneel para o restabelecimento do serviço após falhas na distribuição de energia.

Além das indenizações determinadas pela Justiça, a Enel também foi multada em R$ 165,8 milhões pela Aneel devido ao apagão de novembro de 2023. No entanto, a empresa ainda não pagou o valor estabelecido pelo órgão regulador.

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