STF mantém prisão de suspeitos de mandar matar Marielle e Anderson após relatório da PF apontar mandantes dos crimes

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria de votos, manter a prisão dos três suspeitos de terem planejado e mandado matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. O crime chocou o país e aconteceu em 2018.

Os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino seguiram o voto do relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão preventiva dos acusados no último domingo (24). Resta apenas o voto de Luiz Fux para a conclusão do julgamento.

A ordem de prisão está sendo analisada de forma virtual, com os votos sendo depositados sem a necessidade de deliberação presencial. A sessão de julgamentos terá a duração de 24 horas e começou nas primeiras horas desta segunda-feira (25), com previsão de término às 23h59.

Até o momento, além do relator, o único a ter apresentado um voto por escrito foi o ministro Flávio Dino. Segundo ele, as prisões preventivas são justificadas diante de um suposto “ecossistema criminoso” que teria sido montado no Poder Público para encobrir a autoria do crime.

Os suspeitos, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, e o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, foram detidos durante a Operação Murder Inc e levados pela Polícia Federal para Brasília. Chiquinho Brazão, que é deputado federal, terá sua prisão apreciada pelo plenário da Câmara dos Deputados.

Segundo as investigações da Polícia Federal, a motivação do crime estaria relacionada à disputa pela regularização de territórios no Rio de Janeiro. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou em coletiva de imprensa que as investigações levaram a esclarecer quem são os mandantes, executores e intermediários dos assassinatos de Marielle e Anderson.

O casal foi morto a tiros em um cruzamento no centro do Rio de Janeiro em março de 2018, enquanto se deslocavam de carro após uma agenda de trabalho. A expectativa agora é aguardar o desfecho desse caso que comoveu o país e reforçou a necessidade de investigar e punir crimes dessa natureza.

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