Segundo Moraes, há “fortes indícios de materialidade e autoria” do crime por parte dos três suspeitos, além de manobras para encobrir a autoria do assassinato e atrapalhar as investigações. O voto do ministro relator foi seguido também pelo parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirmou que os acusados, se permanecerem em liberdade, poderão obstruir os trabalhos de Polícia Judiciária.
Os suspeitos, identificados como os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, foram detidos durante a Operação Murder Inc e levados pela Polícia Federal para Brasília. Enquanto aguardam o desfecho do caso, Chiquinho Brazão, que é deputado federal, terá sua prisão avaliada pelo plenário da Câmara dos Deputados.
A principal motivação do assassinato, segundo relatório da Polícia Federal, está relacionada à disputa pela regularização de territórios no Rio de Janeiro. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que as investigações levaram ao esclarecimento completo sobre os mandantes, executores e intermediários do crime.
Os acusados negaram envolvimento com os assassinatos. O advogado de Domingos Brazão declarou que seu cliente é inocente e não tinha qualquer relação com Marielle. A defesa de Rivaldo Barbosa ainda não se pronunciou, assim como a defesa de Chiquinho Brazão, que também não respondeu aos pedidos de comentário.
O caso segue em andamento e novas informações podem surgir à medida que as investigações avançam. Ainda existem detalhes a serem esclarecidos sobre a motivação e a participação de cada envolvido no planejamento e execução dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes em 2018.