Anúncios ilegais visam desacreditar STF e Ministério da Justiça: mais de 980 propagandas fraudulentas veiculadas nas redes sociais.

O STF e o Ministério da Justiça foram alvo de uma série de anúncios ilegais veiculados nas redes sociais da empresa Meta, que englobam plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp. De acordo com um estudo realizado pelo Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab) da UFRJ, pelo menos 981 anúncios foram identificados entre setembro de 2023 e fevereiro de 2024.

A maioria desses anúncios se caracteriza por conter fraudes, totalizando 810 casos, mas também foram registrados ataques diretos e exploração das imagens dos ministros e instituições para fins comerciais em 103 e 68 anúncios, respectivamente. Tais conteúdos contribuem para o aumento da desconfiança e descrédito em relação ao judiciário, conforme apontado pelo NetLab.

Algumas das fraudes detectadas envolvem a utilização da imagem de ministros como Alexandre de Moraes e Flávio Dino para promover produtos e serviços de forma enganosa. O ministro Dias Toffoli foi o mais mencionado nos anúncios fraudulentos, seguido por Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

O estudo revelou que foram investidos mais de R$ 85.510,58 em 13 estados diferentes para a promoção desses conteúdos, através de 99 páginas e perfis identificados como responsáveis pelos anúncios. Homens acima de 45 anos foram o principal público-alvo dessas campanhas, mas também foi observado um impacto em mulheres entre 18 e 34 anos.

Diante disso, o NetLab alerta para a necessidade de as plataformas digitais aprimorarem seus mecanismos de verificação e combate à disseminação de conteúdos fraudulentos. O pesquisador Carlos Eduardo Barros ressalta a importância de haver uma regulamentação mais eficaz no setor para garantir a segurança dos usuários e a transparência na veiculação de anúncios.

A Meta, empresa responsável pelas redes sociais onde os anúncios foram veiculados, afirmou em nota que está trabalhando para coibir atividades suspeitas e colaborando com autoridades brasileiras, como o Ministério da Justiça, para combater a incidência de conteúdos fraudulentos. A empresa também destacou a importância de denúncias por parte dos usuários que identificarem anúncios que violem as políticas da plataforma.

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