A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem terá uma importante reunião nesta terça-feira, dia 9, para ouvir representantes de duas associações de vítimas do desastre ambiental que assolou Maceió, em Alagoas. O episódio, que resultou no afundamento do solo em 15 bairros e afetou mais de 200 mil pessoas, ainda tem reflexos na região.
Os primeiros a prestarem depoimento serão Alexandre Sampaio, presidente da Associação dos Empreendedores e Vítimas da Mineração em Maceió, e Cássio de Araújo Silva, coordenador-geral do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem. Eles abordarão os danos sofridos pela população e as condições atuais de moradia nos locais atingidos. Os requerimentos para a convocação deles foram feitos pelos senadores Rogério Carvalho (PT-SE) e Alessandro Vieira (MDB-SE).
O ex-procurador-geral de Alagoas, Francisco Malaquias de Almeida Júnior, também prestará depoimento. Almeida ocupou o cargo até 2022 e acompanhou de perto os desdobramentos do desastre ambiental. Ele ficou à frente do órgão por sete anos e é uma peça-chave para entender a atuação do Estado diante da tragédia.
Requerimentos em pauta
Após as oitivas, a CPI da Braskem tem prevista a votação de dois requerimentos de informação apresentados pelo senador Omar Aziz (PSD-AM). Ele solicita que o prefeito de Maceió, Henrique Caldas, e o governador de Alagoas, Paulo Dantas, se manifestem sobre royalties e outras receitas provenientes da exploração do sal-gema desde 1976, quando a Braskem iniciou suas atividades na região.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)