Durante seu discurso, Lula abordou os obstáculos políticos enfrentados pelo projeto de desvio de parte das águas do rio, que teve início em 2005, e destacou a relevância da água tratada para a saúde pública e o desenvolvimento das comunidades locais. O presidente ressaltou os desafios enfrentados pela população devido à escassez hídrica e defendeu os investimentos públicos no projeto, enfatizando a importância de trazer água para os 12 milhões de brasileiros que vivem no semiárido.
Lula compartilhou suas memórias de infância em Caetés (PE), onde ele e seus irmãos precisavam buscar água em um açude, alertando sobre os problemas de saúde causados pelo consumo de água não tratada. Com a conclusão do projeto, o estado de Pernambuco terá água potável para consumo, higiene e atividades agrícolas, beneficiando milhares de pessoas.
A infraestrutura do sistema inclui 1,5 mil quilômetros de adutoras quando estiver totalmente finalizado. Atualmente, seis municípios são abastecidos pela Adutora do Agreste de Pernambuco, número que aumentará para nove após a inauguração. Isso resultará em um aumento no atendimento de 190 mil para 615 mil pessoas, garantindo um abastecimento regular e mais amplo.
Além disso, a primeira etapa do projeto, prevista para ser concluída até 2026, beneficiará 23 municípios e 1,3 milhão de habitantes com as águas do São Francisco. Com investimentos significativos do governo federal e contrapartida do estado, mais de R$ 1,2 bilhão já foi aplicado no projeto, que se encontra com 79,40% de execução física. A segunda etapa, em processo de contratação, promete beneficiar dois milhões de pessoas em 68 municípios pernambucanos quando concluída.
Dessa forma, a inauguração da Estação Elevatória de Água Bruta Ipojuca e do trecho Belo Jardim-Caruaru representa um avanço essencial para garantir o acesso à água potável no interior pernambucano e melhorar a qualidade de vida da população local.