Os dados do SVR, que têm um atraso de dois meses, indicam que até o final de fevereiro mais de 19 milhões de correntistas já resgataram os valores, representando apenas 30,19% do total de 63 milhões de correntistas incluídos desde o início do programa em fevereiro de 2022. Entre aqueles que já fizeram o resgate, a maioria são pessoas físicas, totalizando mais de 18 milhões, e cerca de 992 mil são pessoas jurídicas. Por outro lado, ainda há mais de 40 milhões de pessoas físicas e mais de 3 milhões de pessoas jurídicas que ainda não realizaram o resgate.
A maioria dos valores a receber está concentrada em quantias menores, com 63,48% dos beneficiários tendo direito a receber até R$ 10. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,14% dos correntistas, enquanto as quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,65%. Apenas 1,72% tem direito a valores acima de R$ 1 mil.
Após quase um ano fora de funcionamento, o SVR foi reaberto em março de 2023 com diversas melhorias, incluindo a possibilidade de acesso a valores de pessoas falecidas e um novo sistema de agendamento. No mês de fevereiro, foram resgatados R$ 215 milhões, uma queda em relação ao mês anterior.
Além disso, o SVR agora oferece mais transparência, permitindo que consultas de valores esquecidos de pessoas falecidas sejam feitas por herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais. O sistema também informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor, garantindo mais segurança aos usuários.
No entanto, o Banco Central alerta para possíveis golpes de estelionatários que se passam por intermediários para supostos resgates de valores esquecidos. É importante ressaltar que todos os serviços do Valores a Receber são gratuitos e que o BC não envia links nem solicita informações pessoais para tratar sobre resgates. A instituição financeira listada no SVR é a única autorizada a entrar em contato com o cliente, portanto, é fundamental estar atento a possíveis fraudes.