Desembargadora vota contra cassação de mandato de Sergio Moro no TRE-PR, alegando falta de informações sobre gastos de pré-campanha dos demais candidatos.

A desembargadora Claudia Cristina Cristofani, integrante do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, teve um papel crucial no julgamento realizado nesta segunda-feira (8) em Curitiba, ao votar contra a cassação do mandato do senador Sergio Moro, que representa o partido União-PR. A magistrada foi decisiva ao contribuir para um placar de 2 a 1 a favor de manter o mandato de Moro intacto.

Claudia Cristofani baseou seu voto no acompanhamento do relator do processo, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, que já havia se posicionado a favor de não cassar o mandato de Moro. Por outro lado, a desembargadora José Rodrigo Sade havia votado pela cassação em uma sessão anterior.

O caso em questão envolve duas ações movidas pelo PT, PL e Ministério Público Eleitoral (MPE), que acusam Moro de ter feito gastos irregulares durante o período de pré-campanha das eleições de 2022. A principal alegação é o abuso de poder econômico por parte do senador.

Claudia Cristofani argumentou que os candidatos têm permissão para realizar gastos durante a pré-campanha, porém não podem ultrapassar a média de gastos dos demais concorrentes. A desembargadora questionou a falta de informações por parte dos partidos que acusaram Moro, destacando que não é possível avaliar a legalidade dos gastos do senador sem conhecer os valores gastos pelos outros candidatos.

O Ministério Público Eleitoral estimou que Moro teria gasto cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário em eventos de filiação ao Podemos e na produção de vídeo para promoção pessoal, enquanto o PL e o PT alegaram gastos irregulares de R$ 7 milhões e R$ 21 milhões, respectivamente.

O julgamento continua com a expectativa dos votos dos demais magistrados, o que pode definir de uma vez por todas o desfecho deste caso que tem gerado grande controvérsia no cenário político.

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