TRE do Paraná julga cassação de mandato de Sergio Moro por gastos irregulares na pré-campanha eleitoral de 2022.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná retomou hoje a terceira sessão para julgar os processos que podem resultar na cassação do mandato do senador Sergio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato. O julgamento havia sido interrompido na última quarta-feira, quando a desembargadora Claudia Cristina Cristofani solicitou mais tempo para analisar os processos, suspendendo temporariamente a análise da questão.

Até o momento, a votação está empatada em 1 a 1, com o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza votando contra a cassação e o desembargador José Rodrigo Sade se posicionando a favor da medida. O tribunal está avaliando duas ações em que o PT, o PL e o Ministério Público Eleitoral (MPE) acusam Moro de abuso de poder econômico, alegando gastos irregulares durante a pré-campanha das eleições de 2022.

Em 2021, quando Moro ainda era filiado ao Podemos, realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. Segundo as acusações, houve um favorecimento indevido aos demais concorrentes ao cargo de senador devido aos altos investimentos antes de sua saída do partido e candidatura pelo Union. O Ministério Público afirma que foram gastos cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário com eventos de filiação e produção de vídeos promocionais, enquanto o PL apontou gastos irregulares de R$ 7 milhões e o PT mencionou R$ 21 milhões.

Durante as sessões anteriores, a defesa de Moro negou as irregularidades na pré-campanha e reiterou a manutenção do mandato. O advogado Gustavo Guedes destacou que Moro não foi eleito no Paraná devido a uma suposta pré-campanha mais robusta, como alegam as legendas. A expectativa é que o TRE conclua o julgamento em breve e decida sobre a cassação do mandato do senador Sergio Moro.

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