O aumento de 14,34% no preço da cebola e de 9,85% no preço do tomate, juntamente com o crescimento de 7,79% no valor da banana prata, destacaram-se entre os alimentos com maiores elevações de preço no mês. O pesquisador do IBGE, André Almeida, destaca que esses produtos tiveram suas altas influenciadas por uma menor oferta, intensificada pelo efeito do El Niño.
Além dos alimentos, os planos de saúde também contribuíram significativamente para a inflação de março, com uma variação de 0,77%. O grupo de saúde e cuidados pessoais apresentou uma inflação de 0,43%, com destaque para o aumento de preços nos produtos farmacêuticos.
Por outro lado, o grupo de transportes registrou uma deflação de 0,33%, com impacto na desaceleração da inflação total. A queda de 9,14% nas passagens aéreas foi um dos fatores que mais contribuíram para esse recuo. Outros itens, como gás veicular, óleo diesel e tarifa do ônibus urbano, também apresentaram deflação.
Os demais grupos de despesas tiveram variações diferentes, com destaque para a educação, que teve uma taxa de apenas 0,14% em março, após ser o principal responsável pela inflação em fevereiro. As capitais e regiões metropolitanas também tiveram variações nos preços, com São Luís registrando a maior alta e Porto Alegre apresentando deflação.
No geral, a inflação de março foi influenciada principalmente pelas altas nos alimentos e nos planos de saúde, enquanto a deflação em alguns setores contribuiu para frear o aumento geral de preços. É importante estar atento a essas variações para compreender o impacto no orçamento das famílias e no cenário econômico do país.