Dólar atinge maior valor em seis meses e bolsa tem segundo dia de queda diante de nervosismo no mercado internacional.

Em mais um dia marcado por intensa agitação nos mercados internacionais devido às discussões sobre os juros nos Estados Unidos, o dólar encerrou em alta, atingindo o maior nível em mais de seis meses. Enquanto isso, a bolsa brasileira registrou queda pelo segundo dia consecutivo.

O dólar comercial fechou esta quinta-feira (11) sendo vendido a R$ 5,09, com um acréscimo de R$ 0,013 (+0,25%). Embora tenha começado o dia em leve queda, a cotação da moeda norte-americana se inverteu e disparou após a divulgação dos dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos, terminando o dia no seu patamar máximo.

Esse valor representa o maior nível desde 9 de outubro de 2023, com um acúmulo de alta de 1,5% somente em abril. No acumulado do ano, o dólar alcançou uma valorização de 4,88%, refletindo a tensão presente nos mercados.

Além disso, o dia foi marcado por turbulências também na bolsa de valores, com o Índice Ibovespa da B3 fechando aos 127.396 pontos, apresentando uma queda de 0,51%. Essa queda contrastou com o desempenho positivo das bolsas norte-americanas e latino-americanas, que registraram alta ao longo do dia.

Os dados de inflação nos Estados Unidos impactaram diretamente o mercado global, com a divulgação do Índice de Preços ao Produtor em março ficando abaixo das expectativas. No entanto, a inflação ao consumidor apresentou um aumento de 0,4% no mês passado, superando as estimativas iniciais.

Essa inflação acima do previsto reduziu as probabilidades de o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) iniciar um corte nas taxas de juros da maior economia do mundo em junho. Essa postura de manutenção das taxas de juros em níveis mais elevados nas economias avançadas tem estimulado a fuga de capitais dos países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar e a bolsa brasileira.

Nesse contexto, a importância das informações fornecidas pela Reuters nesse processo de análise e compreensão do cenário econômico global se torna ainda mais evidente. A migração de investimentos para os títulos do Tesouro norte-americano, considerados os mais seguros, impactou diretamente na valorização do dólar em relação a outras moedas de economias emergentes ao longo do dia.

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