Curso de Vigilância e Controle da Doença de Chagas é ofertado pela ESP-CE em parceria com a Sesa, com carga horária de 40h

No dia 12 de abril de 2024, a Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) divulgou a realização do Curso Básico de Vigilância e Controle da Doença de Chagas, com o intuito de ampliar a detecção e a cobertura diagnóstica desta enfermidade endêmica na região. A transmissão da doença de Chagas ocorre principalmente pelo contato com as fezes dos triatomíneos, insetos conhecidos como barbeiros, e pode apresentar sintomas como febre prolongada, dor de cabeça e fraqueza intensa.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que aproximadamente 4,6 milhões de pessoas no Brasil estejam infectadas com a doença de Chagas, sendo que muitas delas podem estar em estágio crônico, assintomático ou com manifestações cardíacas e digestivas. Diante desse cenário, a ESP/CE pretende capacitar cerca de 350 profissionais da área da saúde, visando fortalecer a vigilância epidemiológica e o controle da doença.

A bióloga Cláudia Mendonça, integrante do Grupo de Trabalho (GT) de Doença de Chagas da Sesa, ressalta a importância do controle do vetor, orientando sobre a coleta e envio adequado dos triatomíneos para análise. Ela destaca a necessidade de atenção e cuidado para evitar a transmissão da doença, que pode ocorrer pela convivência diária com os barbeiros.

O Curso de Vigilância e Controle da Doença de Chagas terá carga horária de 40 horas e será ministrado de forma online, com previsão de acontecer de 5 a 20 de junho deste ano. A iniciativa está sob responsabilidade da Diretoria de Educação Permanente e Profissional em Saúde (Dieps) da ESP/CE, com o apoio da Coordenadoria de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador (Covat) da Sesa.

A formação abrangerá 78 municípios cearenses, contemplando 15 Áreas Descentralizadas da Saúde (ADS) e disponibilizando três vagas para cada cidade. A seleção dos participantes ficará a cargo de cada gestão local, seguindo as diretrizes fornecidas pela ESP/CE. A expectativa é que a capacitação contribua para ampliar as notificações da doença, possibilitando a identificação precoce e o tratamento adequado dos casos.

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