Durante a ação dos agentes, foram apreendidos uma pistola, dois carregadores, um rastreador, quatro carros, um caminhão, 12 telefones celulares, três notebooks, pen drives, documentos diversos e outros materiais nos endereços ligados à quadrilha dos dois presos. Segundo informações da Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro, após o roubo das armas em São Paulo, a Polícia Civil carioca conseguiu recuperar quatro metralhadoras calibre ponto 50 e outras quatro Mags, calibre 7.62 no ano passado.
As investigações apontam que as armas furtadas estavam sendo comercializadas para traficantes do Comando Vermelho e milicianos, que as utilizariam em confrontos nas regiões da Gardênia Azul e na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. A equipe da DRE realizou um trabalho de inteligência e análise de um vídeo circulando na internet para identificar a dupla responsável pela negociação ilegal.
Além disso, as investigações indicam que os presos e outros envolvidos na quadrilha atuam no comércio ilegal de armas de fogo, principalmente as de uso restrito, além de praticarem receptação e clonagem de veículos para trocá-los por armas com grandes fornecedores. Tanto a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo quanto a prefeitura de Cajamar estão diligenciando para esclarecer as circunstâncias do desaparecimento das armas e para recuperar o armamento.
Por fim, o Ministério Público Militar denunciou oito pessoas, entre civis e militares, e conseguiu recuperar 19 das 21 armas furtadas, que foram encontradas com integrantes do crime organizado. A prisão dos dois suspeitos de negociar as armas furtadas representa um importante avanço nas investigações e um golpe contra o tráfico de armas na região metropolitana de São Paulo.
