A volatilidade do mercado foi impulsionada pelos dados de inflação nos Estados Unidos, que foram divulgados ao longo da semana. Apesar da inflação ao produtor em março ter ficado abaixo das expectativas, a inflação ao consumidor superou as projeções, o que praticamente descartou a possibilidade de o Federal Reserve começar a reduzir os juros básicos em junho. Essa perspectiva tem impacto direto nas economias emergentes, como a do Brasil, resultando em pressão sobre o dólar e a bolsa.
Paralelamente, as tensões no Oriente Médio também contribuíram para o clima de instabilidade nos mercados. A expectativa de retaliação do Irã ao ataque de Israel à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, e a possibilidade de escalada do conflito na Faixa de Gaza aumentaram os temores de um conflito regional.
Esses eventos globais levaram os investidores a buscar refúgio nos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo, o que resultou em um cenário de valorização do dólar. Por outro lado, o euro comercial recuou 0,23%, sendo vendido a R$ 5,448, após o anúncio do Banco Central Europeu de que pretende reduzir os juros em junho.
O cenário de nervosismo e incertezas nos mercados financeiros globais reflete a sensibilidade dos investidores diante de eventos econômicos e geopolíticos, demonstrando a interconectividade das economias e a influência de fatores externos na dinâmica do mercado brasileiro.