Na região, os professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) realizaram uma paralisação de 24 horas nesta segunda-feira para discutir a adesão à greve. Já os docentes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) permanecem em estado de greve, avaliando as negociações em andamento.
A vice-presidente do Andes-RJ, Cláudia Piccinini, explicou que a mobilização no Rio de Janeiro busca avançar não apenas na recomposição salarial, mas também na recomposição orçamentária das instituições federais. Além disso, há a pauta do “revogaço”, contestando portarias e resoluções dos governos Temer e Bolsonaro.
A situação da UFRJ também foi discutida, com professores apresentando a campanha “Eu Amo a UFRJ” como última tentativa de reivindicação antes da greve na instituição. A Associação de Docentes (ADUFRJ) destacou problemas de infraestrutura causados pelos cortes de verbas e criticou a decisão de greve tomada pela diretoria nacional do Andes, afirmando que ainda há canais de negociação abertos.
O Ministério da Educação emitiu nota informando que está em busca de alternativas para valorização dos servidores da educação, promovendo reajustes e participando de mesas de negociação. No entanto, as demandas dos professores em greve incluem um reajuste de 22,71% em três parcelas até 2026, o que até o momento não foi atendido pelo governo.
A mobilização dos professores no Rio de Janeiro e em todo o país reflete a insatisfação com as condições de trabalho e salários, colocando em evidência a necessidade de valorização da educação e das instituições de ensino públicas. A greve nacional dos docentes demonstra a importância do diálogo entre governo e categoria para a resolução dos impasses e para garantir uma educação de qualidade para todos.