Conselho Nacional de Política Indigenista é reaberto pelo Ministério dos Povos Indígenas para construir futuro sustentável e desafiar violência.

O Conselho Nacional de Política Indigenista foi reaberto nesta quarta-feira (17) pelo Ministério dos Povos Indígenas, em uma iniciativa que visa restabelecer a importância do diálogo com os povos originários do Brasil. O colegiado, que havia sido fechado em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro, volta à ativa sob a presidência da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.

Durante a cerimônia de reabertura, a ministra ressaltou a relevância dos povos indígenas para o futuro do país e enfatizou a contribuição dessas comunidades para a preservação ambiental. Segundo Guajajara, a atuação dos indígenas tem impacto não apenas local, mas também global, com a retirada de invasores das terras indígenas resultando em uma redução significativa do desmatamento na Amazônia.

No entanto, o coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas, Dinaman Tuxá, alertou para os desafios que serão enfrentados na reconstrução das políticas indigenistas. Tuxá enfatizou a necessidade de reconstruir as políticas públicas para os próximos 20 anos, especialmente no que diz respeito à demarcação de terras e à implementação de medidas dentro dos territórios indígenas, onde a violência ainda persiste.

O conselho reaberto conta com a participação de 64 membros, representando todos os estados do país. Dentre os membros, estão 30 indígenas, 30 representantes de ministérios e autarquias, além de mais quatro representantes de entidades indigenistas. A retomada das atividades do Conselho Nacional de Política Indigenista representa um passo importante na valorização e proteção dos direitos dos povos indígenas do Brasil, em um contexto marcado por desafios e pela luta pela preservação da cultura e das terras indígenas.

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