Campos Neto destacou que a dívida soberana de países como Japão, Estados Unidos e Europa representa cerca de dois terços do total mundial. Ele ressaltou que o custo para rolar essa dívida aumentou significativamente nos últimos tempos, passando de 1% para 3,2%. Além disso, a dívida desses países aumentou em 25% durante a pandemia, em decorrência dos programas de combate aos impactos econômicos da crise de saúde.
O presidente do Banco Central ressaltou que, embora as medidas adotadas para enfrentar a pandemia tenham sido necessárias, o endividamento resultante dessas ações precisa ser enfrentado de forma eficiente. Ele enfatizou a importância de encontrar soluções no setor privado para superar a crise fiscal, tanto em nível global quanto no Brasil.
Campos Neto alertou para o fato de que os governos têm utilizado cada vez mais recursos para resgatar os mercados, impactando diretamente na dívida pública. Com a redução do espaço para esses resgates, ele defendeu a busca por alternativas no setor privado para garantir a estabilidade financeira.
Diante desse cenário desafiador, o presidente do Banco Central enfatizou a necessidade de um debate aprofundado sobre estratégias para gerenciar a dívida soberana de forma eficiente e sustentável. A questão fiscal e a busca por soluções inovadoras ganham destaque em um contexto de incertezas econômicas e financeiras globais.