Barroso defendeu a legalização das drogas mais leves, argumentando que a guerra contra as drogas fracassou e que o modelo repressivo não conseguiu diminuir o poder do tráfico nem o consumo. Ele destacou a importância de distinguir o usuário do traficante, evitando critérios discriminatórios na aplicação da lei. O ministro ressaltou que a legislação brasileira já não pune com prisão o usuário de drogas e criticou a prisão de pessoas por porte pessoal para consumo.
Além disso, Barroso abordou a questão das uniões homoafetivas, destacando a necessidade de reconhecer juridicamente essas relações e garantir direitos sucessórios e previdenciários para casais do mesmo sexo. Ele defendeu que as pessoas têm direito à prosperidade e felicidade, independentemente da orientação sexual.
Sobre o tema do aborto, Barroso classificou como a questão mais difícil do mundo e destacou que o papel do Estado deve ser evitar a criminalização, disponibilizando informações e serviços de saúde para as mulheres que decidem interromper a gravidez. Ele ressaltou que a criminalização impede o acesso das mulheres pobres a serviços de saúde adequados.
Na abordagem sobre inteligência artificial, o ministro expressou preocupações e perspectivas positivas. Ele reconheceu os avanços da tecnologia, mas alertou para os riscos de discriminação, privacidade e questões éticas envolvidas na evolução da IA. Barroso destacou a importância de garantir que as máquinas não adquiram consciência própria e passem a dominar sobre os seres humanos.
A palestra de Luís Roberto Barroso na Fiesp abordou temas controversos e provocou reflexões sobre questões importantes para a sociedade. Suas declarações levantaram debates acalorados e evidenciaram a complexidade de temas como legalização das drogas, uniões homoafetivas, aborto e inteligência artificial.