Dólar tem segundo dia de queda expressiva e bolsa recua após expectativas sobre juros no Brasil e alívio no exterior

O dólar teve um dia de queda expressiva nesta terça-feira (23), refletindo a redução do pessimismo econômico no exterior e as apostas sobre os juros no Brasil. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,13, com um recuo de R$ 0,038 (-0,74%). Esse foi o segundo dia consecutivo de queda da moeda norte-americana, que atingiu o menor nível desde o último dia 12.

A bolsa de valores, por sua vez, teve um desempenho mais instável. Após três altas seguidas, o índice Ibovespa, da B3, fechou em queda de 0,34%, aos 125.148 pontos. A expectativa de que o Banco Central reduza o ritmo de corte na Taxa Selic e a queda do preço do ferro no mercado internacional contribuíram para a instabilidade do mercado acionário.

No cenário global, a divulgação de que o índice de compras por empresas nos Estados Unidos atingiu o menor nível em quatro meses trouxe um dia de alívio aos investidores. A desaceleração desse indicador aumenta as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) iniciar o corte dos juros básicos da maior economia do planeta em julho.

No Brasil, a divulgação do boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras feita pelo Banco Central (BC), teve impacto tanto no mercado de câmbio quanto no mercado de ações. A estimativa da Taxa Selic no fim de 2024 foi elevada de 9% para 9,5% ao ano, o que contribuiu para a queda do dólar, mas desanimou os investidores na bolsa, que preferem investimentos menos arriscados diante de juros mais altos.

Em resumo, o mercado financeiro teve um dia marcado pela queda do dólar, impulsionada por fatores externos e internos, enquanto a bolsa de valores apresentou mais instabilidade, refletindo as expectativas em relação aos juros e ao cenário econômico global.

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