A exposição foi organizada de forma a lembrar um desfile de escola de samba, apresentando as origens e o ambiente familiar da trajetória de Ivone Lara. Com foco em suas contribuições para a saúde e sua carreira musical, a exposição destaca suas composições, parcerias e participações na escola de samba Império Serrano, do Rio de Janeiro. Durante 37 anos, a sambista dedicou-se à defesa de tratamentos humanizados nos serviços psiquiátricos.
Além de Dona Ivone Lara, outras 10 mulheres negras, brancas e indígenas foram homenageadas por suas marcantes trajetórias na história da saúde pública brasileira. Entre elas, estão enfermeiras como Wanda Horta, Roseni Rosangela de Sena, Anna Nery, Simone Maria Leite Batista, Isabel dos Santos, além da médica Fátima Oliveira.
Para celebrar a importância das mulheres na área da saúde, em maio, a exposição terá uma segunda etapa, que irá destacar mulheres vivas e atuantes no setor.
Ivone Lara, primeira mulher brasileira a assinar um samba-enredo, era enfermeira de formação e servidora do Ministério da Saúde por 37 anos. Ela se especializou como terapeuta ocupacional e foi uma defensora da humanização do tratamento psiquiátrico. No Instituto de Psiquiatria do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, foi pioneira ao introduzir uma abordagem musical no tratamento e acolhimento de pacientes.
Em 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que institui o Dia Nacional da Mulher Sambista, celebrado em 13 de abril, data de nascimento de Ivone Lara. A renomada compositora faleceu em 2018, aos 96 anos.
