Lula propõe estratégia internacional contra extrema-direita em encontro de presidentes democratas na ONU, em Nova York.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja lançar uma proposta internacional para combater o avanço de movimentos de extrema-direita em todo o mundo. Segundo o ex-presidente, a estratégia envolve a realização de um encontro com “presidentes democratas” durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que acontecerá em setembro, em Nova York.

Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula destacou a necessidade de os setores de esquerda e progressistas se unirem e se prepararem para enfrentar os desafios atuais. Ele mencionou ter discutido a proposta com os presidentes da Espanha, Pedro Sánchez, e da França, Emmanuel Macron.

O ex-presidente também alertou para a crescente violência e intolerância no Brasil e em outros países, afirmando que o ódio se tornou algo comum e generalizado. Lula citou o caso da invasão ao Capitólio, nos Estados Unidos, por apoiadores de Donald Trump, como um exemplo alarmante da fragilidade das instituições democráticas.

Além disso, Lula ressaltou a importância de fortalecer as instituições democráticas e combater o avanço da extrema-direita, que tem promovido a xenofobia, o racismo e a perseguição às minorias. O ex-presidente enfatizou a representatividade do Brasil nessas discussões internacionais e destacou seu compromisso com a defesa da democracia.

Em relação às relações com a Argentina, Lula mencionou a visita da chanceler argentina, Diana Mondino, ao Brasil e o possível encontro com o presidente Javier Milei, que assumiu recentemente o cargo na Argentina. O ex-presidente revelou que seu chanceler recebeu uma carta de Milei, mas ainda não teve acesso ao conteúdo do documento.

O Itamaraty informou que durante o encontro com Diana Mondino, foram discutidos temas como infraestrutura fronteiriça, cooperação em energia e defesa, melhorias na Hidrovia Paraguai-Paraná e fortalecimento do Mercosul e dos processos de integração regional. A expectativa é de que essas discussões contribuam para fortalecer as relações entre os países sul-americanos e impulsionar a cooperação regional.

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