Alimentação deficiente em frutas e verduras em capitais brasileiras preocupa especialistas e órgãos de saúde, aponta estudo recente.

Segundo um estudo realizado por especialistas do Instituto Escolhas e da Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, foi identificado que oito em cada dez adultos que vivem em capitais brasileiras não consomem a quantidade mínima recomendada de frutas, legumes e verduras. Esse índice alarmante pode ter consequências negativas para a saúde dessas pessoas, como a falta de nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a recomendação diária desses alimentos é de 400 gramas, porém menos de um quinto dos produtos adquiridos pelos domicílios em 2018 corresponderam a frutas, legumes e verduras. O aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, que são ricos em aditivos químicos e representam um risco para a saúde, tem preocupado órgãos como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), que defende a aplicação de mais impostos sobre esses produtos para desencorajar seu consumo.

A má alimentação está relacionada ao sobrepeso, obesidade e ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como câncer, diabetes e problemas cardiovasculares e respiratórios. Uma das soluções apontadas pelos pesquisadores é incentivar a produção e comercialização de alimentos saudáveis localmente, reduzindo custos de transporte e beneficiando tanto os produtores quanto os consumidores.

Segundo as estimativas do Instituto Escolhas, a região metropolitana de São Paulo teria potencial para abastecer 20 milhões de pessoas com legumes e verduras anualmente, caso fossem implementadas iniciativas nesse sentido. Outras capitais, como Belém, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife, também poderiam se beneficiar desse tipo de produção local, suprindo as necessidades de milhares de habitantes dessas cidades.

Portanto, é essencial promover a conscientização sobre a importância de uma alimentação saudável, incentivando a população a consumir mais frutas, legumes e verduras e apoiar a produção local desses alimentos, visando a melhoria da qualidade de vida e a prevenção de doenças associadas à má alimentação.

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