2023: Ano de Extremos Climáticos ao Redor do Mundo Revela Aquecimento Recorde e Ondas de Calor Marinhas

AQUECIMENTO GLOBAL: ANO DE 2023 REGISTRA EVENTOS CLIMÁTICOS SEM PRECEDENTES

As ondas de calor no sul da Europa, a seca extrema no Chifre da África, o inverno severo na América do Sul e os incêndios florestais no Canadá turbinados pelo calor tiveram uma magnitude inédita em 2023.

Segundo Ed Hawkins, professor de mudanças climáticas na Universidade de Reading, os eventos extremos continuarão a piorar até que a humanidade deixe de utilizar combustíveis fósseis e neutralize suas emissões. “Continuaremos a sofrer, por gerações, as consequências da nossa inação hoje”, afirma Hawkins.

O relatório do Copernicus revela que o limite de 1,5º C foi excedido em quase metade dos dias de 2023, ultrapassando até mesmo os 2º C em dois dias de novembro. Alguns cientistas preveem que esse patamar de aquecimento de 1,5º C continue a ser superado em 2024.

Apesar disso, ainda não é possível afirmar que o mundo fracassou em cumprir com a meta do Acordo de Paris, o que só poderá ser aferido após vários anos sucessivos com aquecimento em relação à era pré-industrial médio superior a 1,5º C.

Superfície dos oceanos também esquentou

O relatório também apontou que as temperaturas da superfície dos oceanos estiveram “persistentemente altas” em 2023, atingindo níveis recordes de abril a dezembro. O aumento do calor oceânico foi atribuído a ondas de calor marinhas ao redor do globo, incluindo partes do Mediterrâneo, do Golfo do México, Caribe, e Oceano Índico, entre outros.

Os pesquisadores afirmam que o ar mais quente impacta a temperatura dos oceanos, tornando as ondas de calor marinhas mais frequentes. Além disso, o fim da fase oceânica mais fria La Niña e o início das condições para o El Niño também contribuíram para o aumento da temperatura oceânica.

Em relação à Europa, o ano de 2023 registrou o segundo ano mais quente, ficando apenas 0,17º C abaixo de 2020.

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