Adolescente morre após sofrer agressões na escola em Praia Grande; mãe revela que ele queria proteger os amigos




Tragédia em Escola de Praia Grande

Tragédia em Escola de Praia Grande

A mãe de Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazara, Michele de Lima Teixeira, concedeu uma emocionante entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, onde falou sobre a trágica morte de seu filho, um adolescente de apenas 13 anos.

De acordo com Michele, o jovem, conhecido como Carlinhos, teria sido vítima de agressões no banheiro da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, localizada em Praia Grande, litoral de São Paulo. Ele resistiu bravamente por sete dias, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Segundo relatos da mãe, Carlinhos não queria mudar de escola, mesmo após sofrer agressões em março, porque desejava proteger seus amigos menores, que eram alvos de bullying. Em uma conversa tocante, o menino teria dito à mãe: “eu não quero sair porque eu sou o maior da minha turma”. Ele queria defender e proteger os colegas.

Michele detalhou que seu filho já havia relatado agressões anteriores na escola e que em uma ocasião afirmou que quem entrasse no banheiro “apanhava”. A família alega que o adolescente era alvo constante de bullying e que o colégio negligenciou a situação, assim como as unidades de saúde municipais que o atenderam durante o período em que apresentava dores ao respirar.

Investigações em Andamento

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Seduc-SP, divulgou uma nota negando as agressões, porém se comprometeu a apurar os fatos. Alunos relatam que as instalações da escola não possuem câmeras nos banheiros e denunciam a existência de um grupo responsável pelas agressões.

Um dos estudantes revelou ao Fantástico que vive com medo devido a um “grupinho do terror” na escola. A mãe de um dos agressores contou que não é a primeira vez que seu filho se envolve em casos de violência na escola e que a instituição nunca tomou medidas efetivas para coibir tais atitudes.

Procedimentos Adotados

A Prefeitura de Praia Grande, responsável pelas unidades de saúde que inicialmente atenderam Carlos, informou que abriu um processo administrativo para apurar possíveis irregularidades nos atendimentos prestados. A família não descarta medidas judiciais e aguarda o resultado do exame necroscópico para definir futuras ações.

A investigação sobre a morte do adolescente segue em andamento sob responsabilidade do 1° Distrito Policial de Praia Grande, que deve ouvir os envolvidos. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo aguarda os laudos do IML para auxiliar na elucidação dos fatos.

É dever das autoridades e instituições educacionais garantir a segurança e integridade dos alunos, evitando tragédias como a que vitimou o jovem Carlos. A família e a comunidade escolar clamam por justiça e medidas concretas para evitar que novas vidas sejam perdidas de forma tão trágica.


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