Advogado de Ronnie Lessa nega que cliente tenha citado conselheiro do TCE-RJ como mandante do crime de Marielle Franco em delação premiada.






Notícia sobre Lessa

Questionado sobre a notícia de que Lessa, suspeito de matar Marielle e o motorista Anderson Gomes, negocia delação premiada com a Polícia Federal, Castro disse que ainda não conseguiu conversar com o ex-PM por conta dos trâmites burocráticos.

Segundo o advogado Bruno Castro, que representa Ronnie Lessa, ele está em um presídio federal e não é simples falar com seu cliente. “Creio que só conseguirei conversar com ele depois do Carnaval. Qualquer acordo de delação premiada é feito de forma sigilosa, em autos separados. Nos processos que acompanho, não houve movimentação”, afirmou Castro em entrevista.

De acordo com reportagem do site The Intercept Brasil, Lessa teria citado à Polícia Federal o nome de Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio), como mandante do crime. No entanto, Bruno Castro afirmou que o ex-PM “jamais citou qualquer nome”. Ele ainda acrescentou que “Em todo esse tempo, Ronnie jamais falou qualquer nome. Ele apenas me disse que acreditava saber quem havia dado os tiros. Ele jamais falou de Domingos Brazão. A única pessoa que ele falou foi o ex-vereador Marcello Siciliano, com quem não falava há muito tempo e que conhecia daquela região da Barra da Tijuca. No começo, dizia-se que o Marcello seria o mandante. Só conversamos sobre o Marcello e que sequer haveria algum mandante.”

Para Castro, o fato do nome de Brazão ressurgir em meio às investigações sobre o caso seria “para acobertar alguém”. Ele explicou que “A primeira pessoa acusada de matar Marielle foi o ex-PM Orlando Curicica, que alegou que policiais foram até ele para assumir esse crime. Ele conseguiu sair dessa acusação e, curiosamente, menos de um mês após o Orlando conseguir voz com o Ministério Público, o nome do Ronnie surgiu.”


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo