Agricultores em protesto: União Europeia promete medidas e Macron pede mais proteção aos rendimentos

Em meio às discussões sobre a redução do uso de agrotóxicos, os deputados franceses do partido “Os Verdes” manifestaram sua preocupação com a saúde pública e a biodiversidade. A deputada Sandrine Rousseau destacou que o plano Ecophyto busca diminuir a presença de agrotóxicos, enfatizando a importância da resposta do governo em relação à renda agrícola.

“O apoio aos agricultores não pode comprometer a saúde da população”, afirmou Julien Bayou, também integrante do partido. Já a deputada Marie-Charlotte Garina ressaltou que os agricultores são as principais vítimas dos pesticidas.

Diante dessas questões, a Comissão Europeia anunciou a adoção de medidas para apoiar os interesses dos agricultores na União Europeia, buscando equilibrar as condições e reduzir a carga administrativa da Política Agrícola Comum (PAC). O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu a criação de uma “força europeia de controle sanitário e agrícola” e instou a UE a proteger os rendimentos dos agricultores.

Por outro lado, a França se opôs à assinatura do acordo de livre comércio entre a Comissão Europeia e os países sul-americanos do Mercosul, como Brasil e Argentina. Macron destacou que o tratado não será concluído precipitadamente e que a UE implementará controles sobre as importações de grãos ucranianos para evitar distorções na concorrência.

Enquanto isso, os bloqueios dos agricultores continuaram em alguns departamentos, com destaque para a mobilização de tratores em frente ao mercado internacional de Rungis, no sul de Paris. Apesar da presença policial, os protestos isolados persistiram, ainda que com algumas reduções. José Perez, copresidente da Coordenação Rural, afirmou que, diante da presença de veículos blindados, optaram por manter a calma e recuar.



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