Ajuda humanitária insuficiente e tumulto na Faixa de Gaza: palestinos morrem atingidos por pacotes de mantimentos lançados de aviões.




Ajuda humanitária chega à Faixa de Gaza

Em meio à crise humanitária vivida na Faixa de Gaza, a chegada de ajuda via aérea e terrestre tem enfrentado obstáculos. A ajuda enviada por via aérea tem se mostrado insuficiente e causou tumulto entre a população, resultando ainda em acidentes fatais. Recentemente, cinco palestinos perderam a vida ao serem atingidos por pacotes de mantimentos lançados de aviões. Enquanto isso, os caminhões com mantimentos que chegam via terrestre até a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, enfrentam longas inspeções por parte das Forças Armadas israelenses, atrasando a entrega dos suprimentos.

Para contornar essa situação, um navio partiu do porto de Larnaca, no Chipre, criando uma nova rota marítima de cerca de 370 quilômetros até Gaza. A embarcação transportava 200 toneladas de ajuda humanitária e chegou no enclave na sexta-feira (15), onde um cais improvisado foi montado para receber o carregamento. Os mantimentos e medicamentos foram descarregados no sábado e em breve começarão a ser distribuídos.

A ONG World Central Kitchen já está preparando um segundo carregamento com “centenas de toneladas de mantimentos” que seguirão pela mesma rota marítima. Assim como no primeiro envio, a carga passará pelo controle de segurança das forças israelenses antes de chegar a Gaza.

2,2 milhões de pessoas em situação de fome

Segundo a ONU, dos quase 2,5 milhões de habitantes que viviam na Faixa de Gaza antes do conflito, 2,2 milhões estão ameaçados pela fome. Dominic Allen, representante do UNFPA para os territórios palestinos, relatou que os bebês nascidos na região não estão alcançando o tamanho normal devido à desnutrição. Gestantes estão enfrentando condições extremas, marcadas pelo medo, deslocamento frequente, fome e desidratação.

Allen destaca a fragilidade e o desespero das pessoas na região, que estão magras, extenuadas e fazem gestos pedindo comida. A situação é crítica e demanda uma resposta urgente da comunidade internacional para evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.


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