Alunos de medicina da Unisa são expulsos após jogos universitários polêmicos de vôlei feminino

No incidente ocorrido durante os jogos universitários da Unisa (Universidade Santo Amaro), em São Carlos, interior de São Paulo, no final de abril, até o momento, nenhuma queixa foi registrada na polícia. Os alunos de medicina da instituição se desnudaram durante uma partida de vôlei feminina, como mostrado em um vídeo que se tornou viral nas redes sociais.

A universidade anunciou que seis estudantes foram expulsos nesta segunda-feira (18). Em nota publicada em seu site e nas redes sociais, a Unisa condenou veementemente as ações dos alunos e afirmou ter aplicado a punição mais severa prevista em seu regimento.

O reitor Eloi Francisco Rosa assinou uma declaração dizendo: “Considerando ainda a gravidade dos atos, a Unisa já levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis”.

O delegado João Fernando Baptista, titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de São Carlos, revelou que pretende se reunir com representantes da universidade ainda nesta semana, na cidade de São Paulo, para dar continuidade às investigações.

Baptista declarou: “Ninguém registrou nada até agora. Nenhuma organização, nem a direção das universidades, nem possíveis vítimas ou testemunhas. Até o final desta semana, pretendo viajar para São Paulo para conversar com os responsáveis pela universidade e progredir nas investigações”.

Segundo o delegado, o crime em análise no momento é o de ato obsceno, o qual não exige que o registro da ocorrência parta de uma pessoa específica, pois é um delito contra a coletividade.

“Não há um número exato de investigados. A baixa qualidade das imagens e a ausência de testemunhas não nos permitem determinar quantas pessoas estão envolvidas no caso”, explicou.

O delegado também informou que, a partir do momento em que qualquer vítima se apresentar ou registrar uma queixa, os suspeitos poderão responder por importunação sexual, um crime de maior gravidade.

“O próximo passo da investigação é entrar em contato com as universidades, realizar reuniões e tentar identificar os alunos envolvidos, os autores, as testemunhas e as vítimas”, ressaltou.

Baptista esclareceu que o crime de ato obsceno possui uma pena de três meses a um ano de detenção, enquanto o crime de importunação sexual possui uma pena de um a cinco anos de reclusão.

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