Ameaça russa e debate político: Congresso dos EUA discute ajuda financeira a Kiev






Há tensões crescentes em Kiev à medida que a Ucrânia se aproxima do segundo aniversário da invasão russa. O dinheiro é considerado crucial pelas autoridades, e o presidente democrata Joe Biden, que tem buscado há meses a ajuda do Congresso, lançou duras críticas na sexta-feira, afirmando que o Congresso seria culpado de “negligência” se falhasse em aprovar a medida.

As tensões também se espalham para os círculos políticos nos Estados Unidos, com o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, expressando sua oposição à legislação nas mídias sociais. Trump argumentou que “nenhum dinheiro deve ser dado a nenhum país, a menos que seja feito como um empréstimo”, desencadeando preocupações sobre a possível oposição entre os republicanos do Senado, a maioria dos quais continuam apoiando o ex-presidente.

Além disso, Trump foi criticado por autoridades europeias por suas declarações, que sugeriam que ele encorajaria agressões externas contra membros da OTAN que não pagassem suas taxas. Esses comentários polarizaram ainda mais o debate em relação ao financiamento externo.

Enquanto as discussões políticas continuam, o presidente da Câmara dos Deputados, Mike Johnson, sinalizou a possibilidade de dividir as provisões de ajuda em medidas separadas quando o projeto de lei chegar do Senado. No entanto, a proposição independente de ajuda a Israel já enfrentou obstáculos na Câmara na semana passada, com derrotas humilhantes para Johnson e seus colegas democratas favoráveis à legislação mais ampla do Senado, bem como para os republicanos da linha dura, que defendiam cortes nos gastos.

Apesar das complicações, uma delegação bipartidária de legisladores da Câmara prometeu durante uma visita a Kiev na sexta-feira fazer sua parte para aprovar a medida, mantendo viva a esperança de assistência externa à Ucrânia.


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