Após embate na Câmara, publicações do Exército no X triplicam interações e levantam discussão sobre liberdade de expressão.




Exército aumenta número de comentários em publicações

Antes do embate na Câmara, as publicações do Exército no X tinham uma média de 700 comentários. Depois, passaram a ter entre 3 e 7 mil.

Apesar de documento do Exército surgir dias após a discussão, militares do Exército disseram que já estava sob elaboração, segundo apuração do jornal “O Estado de S. Paulo”.

‘Medidas desproporcionais’

Pesquisador Caio Vieira Machado vê como desproporcionais as diretrizes do Exército. Para ele, não há legitimidade da instituição para decidir o que é e o que não é verdade, ou impedir manifestações e opiniões políticas de cidadãos.

É um erro considerar que esse espaço dos comentários pertence ao Exército, que está se colocando como um moderador sem freios e contrapesos. Uma coisa é remover conteúdo que é, de fato, spam, que é, de fato, nocivo, como incitação à violência, que seria um crime. Mas quem garante que eles não vão, por exemplo, cercear críticas políticas ou à própria instituição, que é direito de nós, cidadãos? Caio Vieira Machado

Segundo integrantes do Exército, a moderação em hipótese alguma representará censura, mas uma forma de dar transparência a eventuais exclusões e bloqueios de radicais. Críticas duras, mas com “urbanidade”, não serão excluídas.

Após um embate na Câmara, as publicações do Exército sofreram um aumento expressivo no número de comentários. Antes da discussão, a média de comentários era de 700, porém, após o ocorrido, esse número saltou para entre 3 e 7 mil. Esse aumento significativo levantou questões sobre a atuação do Exército nas redes sociais e a forma como está lidando com a interação dos cidadãos.

De acordo com informações apuradas pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, o documento do Exército que surgiu dias após a discussão já estava sendo elaborado previamente pelos militares. Essa ação levantou preocupações sobre as diretrizes adotadas pela instituição e a sua legitimidade para decidir sobre o que é verdade ou não, e para restringir manifestações e opiniões políticas dos cidadãos.

O pesquisador Caio Vieira Machado foi um dos críticos das medidas adotadas pelo Exército, considerando-as desproporcionais. Em sua visão, o Exército não tem o direito de atuar como um moderador sem limites, removendo conteúdos que não se enquadram em critérios claros, como spam ou incitação à violência. Ele destaca a importância da liberdade de expressão e alerta para o risco de cerceamento das críticas políticas e institucionais.

Por outro lado, os integrantes do Exército afirmam que a moderação realizada nas publicações não representa censura, mas sim uma forma de trazer transparência para as exclusões e bloqueios de conteúdos considerados radicais. Críticas construtivas e respeitosas, segundo eles, não serão excluídas, reforçando a importância do debate saudável e democrático nas redes sociais.


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