Os preparativos para o Natal em Belém, cidade símbolo das celebrações cristãs, têm sido marcados por um clima de luto e solidariedade em meio à ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza. De acordo com as autoridades do enclave governado pelo Hamas, mais de 20 mil pessoas foram mortas, levando a maioria dos palestinos de Belém e da Cisjordânia ocupada a se vestir de luto.
A grande árvore, que sempre foi a peça central das celebrações de Natal em Belém, não será erguida este ano. A decisão foi tomada em virtude da carnificina que ocorre a apenas 50 quilômetros de distância. As igrejas da cidade optaram por colocar as representações do presépio em meio a escombros e arame farpado, demonstrando solidariedade às vítimas da Faixa de Gaza.
Padre Ibrahim Faltas, um dos frades presentes na vigília, afirmou: “Belém é uma mensagem. Não é uma cidade, é uma mensagem de paz para todo o mundo. Deste lugar sagrado, mandamos uma mensagem de paz… parem a guerra, parem o sangue a morte e a revanche”.
De acordo com a Protegendo as Terras Cristãs Sagradas, os cristãos representam até 2% da população de Israel e dos territórios palestinos ocupados, com uma proporção ainda menor na Faixa de Gaza. A expectativa de turistas estrangeiros para o Natal em Belém foi frustrada devido à guerra, que já resultou em 1.200 mortos, a maioria civis, desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.
