Arábia Saudita e Iraque divergem sobre saída de combustíveis fósseis

A Arábia Saudita, como o maior exportador de petróleo do mundo, fez um apelo neste domingo (10) para que suas preocupações fossem compreendidas durante a reunião da COP28. Enquanto isso, o Iraque, também um grande exportador de combustíveis fósseis, demonstrou oposição a qualquer menção de uma saída desses recursos.

O representante saudita destacou a importância de “pensar positivo, abordar a redução necessária de emissões, mas também ter em conta nossas perspectivas e preocupações” para o restante dos participantes. Por sua vez, o representante do Iraque ressaltou que “a redução gradual, a eliminação gradual dos combustíveis fósseis e a eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis fósseis, são contrárias aos princípios do Acordo de Paris” de luta contra a mudança climática.

Essa divergência de opiniões em uma das maiores conferências sobre mudanças climáticas do mundo reflete a complexidade do debate em relação à transição para fontes de energia mais limpas. Enquanto alguns países, como a Arábia Saudita, dependem fortemente da exportação de petróleo e têm preocupações econômicas e sociais ao considerar a redução do uso de combustíveis fósseis, outros, como o Iraque, acreditam que medidas drásticas nesse sentido podem violar acordos internacionais.

A divergência de visões entre esses dois importantes atores do mercado de petróleo coloca em evidência a necessidade de negociações e entendimentos profundos sobre como a transição energética pode acontecer de forma justa e equilibrada para todos os envolvidos. Além disso, também aponta para a importância de considerar as implicações sociais e econômicas dessa transição, especialmente para os países mais dependentes da indústria de combustíveis fósseis.