Ascensão da extrema-direita
Uma pesquisa realizada entre 2 e 5 de outubro pelo instituto Aximage revelou que o PS voltaria a ser o partido mais votado pelos portugueses, com 27,6% dos votos, mas sem maioria absoluta no Parlamento. Isso evidencia uma mudança em relação à última eleição, em 2019, quando o partido obteve 36,3% dos votos, garantindo 108 representantes. Enquanto isso, o Partido Social Democrata (PSD), de direita, conquistou 24,1% das intenções. Mas a grande surpresa fica por conta da ascensão da extrema-direita, representada pelo partido Chega, que alcançou 12,8% das intenções, ocupando o terceiro lugar na disputa. Este é um aumento significativo em comparação com os 1,3% obtidos pela legenda há quatro anos.
Apesar dos sociais-democratas negarem uma possível coligação com o Chega, o líder do partido extremista, o deputado André Ventura, tem buscado apoio não só do PSD, mas também da Iniciativa Liberal (com 5% das intenções) e do Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-PP), com 2,4% das intenções.
‘Nova Geringonça’
Com este novo cenário político, especula-se a possibilidade de uma nova ‘Geringonça’, referindo-se à aliança que reuniu PS, PCP e Bloco de Esquerda, permitindo a primeira vitória eleitoral de Costa em 2015. Caso esta coalizão se concretize novamente, poderia contar com setores ambientalistas com viés progressista, como o Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e o Livre.
Em meio a esse contexto, João Ferreira, vereador e ex-candidato à presidência pelo PCP, afirmou que a possível realização de eleições antecipadas pode ser uma oportunidade para reforçar a luta social e a influência dos comunistas. Ana Gomes, ex-deputada e ex-candidata à presidência da República pelo Partido Socialista, reagiu à renúncia de António Costa, evitando especulações sobre a direção do partido, mas ressaltando a importância fundamental do PS para a democracia.
