Na madrugada deste sábado, os rebeldes houthis realizaram o primeiro ataque direto contra a Itália, em um movimento que pode agravar a crise no Mar Vermelho. Durante meses, a região tem sido alvo de agressões por parte dos rebeldes iemenitas, mas este é o primeiro ataque direto ao país europeu, que até então havia sido poupado.
O líder dos houthis, Mohamed Ali al-Houthi, havia alertado anteriormente que a Itália se tornaria um alvo caso se envolvesse em ataques contra o Iêmen. Segundo ele, o país europeu deveria adotar uma postura neutra no conflito entre israelenses e palestinos e pressionar o governo de Benjamin Netanyahu a encerrar os ataques contra Gaza.
Atualmente, a Itália lidera uma missão da União Europeia para proteger a navegação no Mar Vermelho dos atentados dos houthis, que se intensificaram após o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.
Após o ataque, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, destacou o papel da Marinha italiana na defesa da livre navegação na região. Já o ministro da Defesa, Guido Crosetto, condenou os ataques dos rebeldes, chamando-os de terroristas e violadores do direito internacional.
