Ataque do Paquistão ao Irã resulta em mortes e feridos próximo à fronteira, intensificando tensão entre os países do Oriente Médio.

Ataque entre Irã e Paquistão deixa mortos e fere crianças

Autoridades do serviço de inteligência do Paquistão confirmaram à AFP que realizaram um ataque contra o Irã na manhã desta quinta-feira (18), madrugada no Brasil.

Mais cedo, a imprensa iraniana reportou uma série de explosões no sudeste do país. O ataque acontece dois dias após o Irã ter bombardeado o que chamou de “alvos terroristas” no Paquistão. A contra-ofensiva não tardou, e o ataque deixou diversas pessoas feridas. Até a última atualização, três mulheres e quatro crianças haviam morrido próximo à fronteira entre os países.

Oficiais paquistaneses afirmam que a ação é movida para combater grupos contrários ao país. “Só posso confirmar que realizamos os bombardeios contra grupos anti-Paquistão dentro do Irã”, disse à AFP um responsável pelo serviço secreto do Paquistão, que não quis se identificar.

Menos de uma hora depois, o próprio Ministério das Relações Exteriores comunicou oficialmente o ataque, e disse que “vários terroristas morreram”.

O ataque iraniano contra o Paquistão foi realizado na terça-feira (16), com mísseis e drones, e teve como alvo a base do grupo Jaish al-Adl. Também nesta semana, o Irã atirou mísseis contra Iraque e Síria, totalizando ofensivas contra três países nos últimos dias.

Os bombardeios agora sofridos começaram a ser relatados no começo desta madrugada. “Várias explosões foram ouvidas em diversas áreas ao redor da cidade de Saravan”, disse a agência de notícias oficial do país, a IRNA. O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão denunciou a ação iraniana na terça como uma “violação injustificada e flagrante da soberania do Paquistão”, antes de chamar de volta o seu embaixador em Teerã.

Teerã e Islamabade acusam-se frequentemente, um ao outro, de permitir que grupos paramilitares operem no território um do outro para lançar ataques, mas é raro que forças oficiais de ambos os lados realizem quaisquer ataques.

Com as movimentações dos últimos dias, que aparentemente são distintas da guerra entre Israel e Hamas e sim ligadas a um atentado realizado no sul iraniano no começo do ano, Teerã estende a tensão que permeia o Oriente Médio para o Sul da Ásia —a fronteira da antiga e fracassada “guerra ao terror”, a reação dos Estados Unidos aos atentados de 11 de setembro de 2001.

De acordo com o governo paquistanês, o ataque protagonizado pelo Irã na terça deixou duas crianças mortas e outras três feridas.

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