Ataques aéreos em Zamfara: Militares alegam eliminação de gangues armadas, mas líder tradicional contesta versão e relata tragédia.






Ataques aéreos em Zamfara causam polêmica sobre a eliminação de gangues armadas

Ataques aéreos em Zamfara causam polêmica sobre a eliminação de gangues armadas

A situação na região de Zamfara tem sido alvo de debates e controvérsias após os recentes ataques aéreos realizados pelos militares. De acordo com as autoridades, os ataques tinham como objetivo eliminar gangues armadas em vários locais da região, incluindo a área do governo local de Maradun.

No entanto, o chefe tradicional do vilarejo Dogon Daji em Maradun, Lawali Ango, contestou a versão das autoridades. Em entrevista à Reuters, Ango afirmou que não havia bandidos em sua área de Zamfara, que é de maioria muçulmana.

O relato de Ango sobre os eventos do dia 10 de abril é perturbador. Ele mencionou que estava fora de seu vilarejo, se preparando para as orações do Eid, quando percebeu uma aeronave sobrevoando a região, seguida por fortes explosões. Ao tentar entrar em contato com seu vilarejo, Ango não obteve resposta e decidiu retornar em grupo para verificar o que havia acontecido.

Segundo o chefe tradicional, ao chegar no local, se deparou com uma cena chocante: crianças, homens e mulheres mortos e presos sob os escombros de construções atingidas por bombas. Ele relatou que 33 pessoas perderam a vida nesse trágico incidente.

Ango contestou veementemente a versão apresentada pelos militares, afirmando que não havia presença de bandidos em seu vilarejo. Ele manifestou sua disposição em mostrar a realidade dos fatos para o mundo, enfatizando que os relatos das autoridades não condizem com a situação que ele presenciou.

A polêmica gerada pelos ataques aéreos em Zamfara evidencia a necessidade de uma investigação imparcial e transparente para esclarecer os eventos e assegurar a justiça às vítimas.


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