Ataques planejados contra Gaza podem ter “consequências devastadoras” alerta diretor-geral da OMS

Conflitos políticos e fronteiras em chamas têm sido uma realidade constante na região de Gaza. De acordo com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, a situação atual pode ter “consequências devastadoras para 1,4 milhão de pessoas que não têm para onde ir e quase nenhum lugar para encontrar assistência médica”. A tensão entre Israel e Gaza atingiu um novo patamar com os ataques planejados, que ameaçam a vida e a dignidade de milhares de civis.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, argumenta que pedir às suas forças armadas para não invadir o “último bastião do Hamas” seria como pedir que “não ganhem a guerra”. Ele afirma ter “um plano detalhado” para minimizar o impacto dos ataques sobre os civis, solicitando a evacuação de 1,4 milhão de pessoas que vivem em Rafah, uma cidade que faz fronteira com um Egito fechado ao sul e com uma Gaza devastada ao norte.

A situação torna-se mais alarmante à medida que surgem relatos do Ministério da Saúde de Rafah, que confirmam os primeiros ataques à cidade, resultando na morte de pelo menos 67 pessoas. Essas mortes se somam aos 100 mortos na operação das Forças de Defesa de Israel (IDF) que buscavam resgatar dois israelenses de origem argentina capturados pelo Hamas. Segundo declaração do Hamas, o bombardeio israelense resultou em mais dois reféns mortos e oito feridos.

A escalada dos confrontos já causou um número alarmante de vítimas. Em mais de quatro meses de bombardeio, 28.177 palestinos foram mortos por ataques israelenses e 67.784 ficaram feridos. Além disso, 85% da população foi deslocada à força, resultado em uma crise humanitária sem precedentes. Milhares de pessoas perderam suas vidas, enquanto outras estão presas sob os escombros, lutando para sobreviver em meio a um cenário de destruição e medo.

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