Atletas questionam a qualidade da água no Rio Sena para provas de triatlo feminino das Olimpíadas de Paris 2024

A nadadora Melani Santos, que também conquistou a classificação para representar Portugal no triatlo feminino dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, expressa sua preocupação em relação às condições da água. Em entrevista, Melani destaca que, enquanto nadava, não percebeu nada de anormal. No entanto, ressalta que as bactérias não são visíveis a olho nu, o que gera incertezas sobre o que realmente está presente na água. Mesmo assim, ela confia na organização do evento e nos resultados apresentados.

Outra atleta que manifestou preocupação foi a nadadora brasileira Ana Marcela Cunha, campeã olímpica de maratona aquática. Ana pediu aos organizadores de Paris 2024 que considerassem um “plano B” para o caso de problemas com a qualidade da água no rio Sena, local da competição. Mesmo com os desafios enfrentados nos testes, a atleta ressalta a importância de nadar no rio e fazer parte da história olímpica.

“Não há plano B”

Apesar das preocupações levantadas pelos atletas, o Comitê Organizador e a prefeitura de Paris insistem que não há alternativa para a realização da competição no rio Sena. Segundo Antoine Guillou, representante do comitê, a flexibilidade está em poder ajustar os dias das competições se a qualidade da água não estiver adequada.

Para evitar problemas de saturação das galerias de esgoto na região da bacia de Austerlitz, engenheiros apostaram em uma construção invisível e desafiadora tecnicamente. Samuel Colin Canivez, responsável pelas obras de saneamento de Paris, explica que o projeto levou 42 meses de trabalho e exigiu elementos técnicos consideráveis devido à densidade urbana da região. O sistema implementado permite a estocagem e o escoamento da água, garantindo a depuração antes do lançamento no ambiente natural.

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