Atraso das Obras de Enterramento de Fios Elétricos em São Paulo
A Prefeitura de São Paulo está atrasada em três anos em relação à promessa inicial de enterrar os fios elétricos da capital. Esse atraso decorre do alto custo e do mapeamento incorreto do subsolo paulistano nas últimas três gestões municipais.
Após a tempestade que afetou o fornecimento de energia em 4,2 milhões de domicílios no estado, a cobrança por rapidez nas reformas aumentou. No entanto, a experiência prática mostra que o enterramento não é uma solução infalível contra os blecautes.
A TelComp, associação das companhias de telecomunicação, informou que a cidade tem a meta de aterrar os fios em um total de 80,4 quilômetros das vias da capital. O custo total do projeto é estimado em R$ 310 milhões, mas apenas metade desse montante (cerca de R$ 160 milhões) foram gastos até o momento.
No entanto, as obras têm enfrentado desafios como o tempo reduzido para realização dos trabalhos, a falta de informações atualizadas sobre o subsolo, acidentes causados pelo mapeamento incorreto e interrupções ocasionadas pela reclamação de moradores. Tais fatores têm contribuído para o ritmo lento das obras.
Apesar de ser uma prevenção contra a queda de árvores na fiação elétrica, o enterramento não garante a eliminação dos blecautes, como evidenciado por problemas na região do Museu do Ipiranga, na zona sul da capital paulista, onde parte da fiação está embaixo da terra.