Audiência decisiva determinará o futuro de Julian Assange e sua possível extradição para os EUA







Decisão sobre extradição de Assange gera manifestações em Londres

No centro das atenções, Julian Assange, fundador do WikiLeaks, aguarda ansiosamente a decisão judicial que poderá mudar o rumo de sua vida. Acusado de vazar informações confidenciais do governo dos Estados Unidos, Assange enfrenta a possível extradição para o país americano.

O embate entre defensores e opositores de Assange tem mobilizado manifestações em frente à Alta Corte de Londres. Os partidários do ativista o consideram um herói anti-establishment, afirmando que ele está sendo perseguido por expor as irregularidades do governo dos EUA. Por outro lado, seus oponentes argumentam que os vazamentos colocaram em risco a vida de agentes de segurança e que não há desculpa para a prática de tal criminalidade.

“Temos dois grandes dias pela frente. Não sabemos o que esperar, mas vocês estão aqui porque o mundo está assistindo”, disse Stella, esposa de Assange, à multidão. “Eles precisam saber que não podem se safar dessa. Julian precisa de sua liberdade e todos nós precisamos da verdade.”

As batalhas legais de Assange tiveram início em 2010, e desde então ele passou sete anos asilado na embaixada do Equador em Londres antes de ser preso em 2019 por violar as condições de fiança. Desde então, ele permanece em uma prisão de segurança máxima no sudeste de Londres, onde até mesmo se casou recentemente.

A extradição de Assange foi aprovada pelo Reino Unido em 2022, após uma juíza inicialmente bloqueá-la por preocupações com sua saúde mental e o risco de suicídio se fosse deportado para os EUA. Seus advogados tentarão anular essa aprovação em uma audiência de dois dias diante de dois juízes, naquela que pode ser sua última chance de impedir a extradição pelos tribunais ingleses.



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